Arquivo para categoria Série Copa 2010

O último ato da tragédia italiana na África.

Por: Almir Junior
Direto da Redação
São Paulo/SP



Desde a partida contra o Paraguai, todos os que viram a partida (e posteriormente as outras) percebeu que algo estava acontecendo com a tetra campeã mundial, a Itália. Os atos desta melancólica peça tiveram seu fim hoje, com pouco sucesso. Os eslovacos surpreenderam ao mundo e venceram por 3 a 2 a “Squadra Azzurra”, com um show do grandalhão Robert Vittek (vale lembrar que o atacante eslovaco fez o primeiro gol do país em Copas, na partida contra a Nova Zelândia)

Quem visse as escalações na tela de sua tv, falaria que a Itália iria humilhar a Eslováquia. Jogaria num esquema ofensivíssimo, no 4-3-3. O técnico Wladimir Weiss (o técnico e pai de Wladmir Weiss Jr.), tirou até o artilheiro da equipe nas eliminatórias, Stanislav Sestak, da esquadra titular. E pareceu que Weiss fez a coisa certa. Em saída de bola errada, De Rossi deu a bola de presente á Kucka (um dos suplentes que entrararam no time titular), que em belo passe, acionou o atacante do Ankaragücü e Vittek chutou bem para as redes, fazendo Marchetti ficar desesperado, logo aos 25 minutos do primeiro tempo. A Eslováquia dominava o primeiro tempo, e surpreendia o mundo, que pasmava com a situação.

Lippi fez o que poderia fazer. Colocou, no intervalo em campo Maggio no lugar do zagueiro Criscito e o bom Quagliarella no lugar do volante Gattuso. A Itália começou o segundo tempo atacando muito, até que aos 17 minutos, Quagliarella dominou no peito e soltou o petardo para o gol de Mucha. A bola passou pelo goleiro, mas o bom zagueiro eslovaco Skrtel salvou de joelhos antes da marca de gol. Gattuso e Buffon se desesperaram no banco. Lippi se arriscou, e colocou Pirlo para fazer a sua estreia. Diante da chance perdida, os italianos baixaram a guarda, até que aos 28 minutos, após corte de cabeça de Chiellini no escanteio, o capitão Hamsik (que por coincidência joga no Napoli) cruzou rasteiro, e Vittek se antecipou e não fez feio: estufou a rede de Marchetti. A Itália, buscava com as forças que restavam, algum lance de perigo ao gol de Mucha. Quagliarella bateu forte, Mucha rebateu, e Di Natale marcou, no rebote, aos 36 minutos. Em 4 minutos, Di Natale cruzou para Quagliarella, que marcou, mas estava em impedimento. A cada minuto, os italianos se empolgavam mais, mas aos 44 minutos, o volante Koupnek invadiu a área e fez um belo gol encubrindo o goleiro Marchetti. A Itália se lançou ainda mais ao ataque, e Quagliarella, desta vez legalmente, fez um belíssimo gol, no ângulo de Mucha, aos 46. A Itália não saia da área da Eslováquia, e Pepe errou a chance derradeira, e logo depois, o árbitro inglês Howard Webb decretava o fim do espetáculo  no Ellis Park, em Joanesburgo. O melhor jogo da Copa acabava surpreendendo a todos, com a classificação da Eslováquia, já que a Nova Zelândia apenas empatou, em jogo ruim, com o Paraguai por 0 a 0 em Polokwane. A Itália volta pra casa como a lanterna de seu grupo, e os azarões da Nova Zelândia também voltam, orgulhosos. Mais orgulhosos ainda, os paraguaios e os eslovacos, os mais novos integrantes das oitavas-de-final da Copa do Mundo.

Ficha técnica – Eslováquia 3 x 2 Itália


Eslováquia: Mucha; Pekarik, Skrtel, Durica e Zabavnik; Strba (Koupnek), Kucka, Stoch e Hamsik; Jendriksen (Petras) e Vittek (Sestak)
DT: Wladmir Weiss


Itália: Marchetti; Criscito (Maggio), Chiellini, Cannavaro e Zambrotta; Montolivo (Pirlo), Gattuso (Quagliarella) e De Rossi; Pepe, Iaquinta e Di Natale
DT: Marcelo Lippi


Gols: Vittek (SVK), aos 25 minutos do primeiro tempo e aos 28 do segundo; Di Natale (ITA), aos 36 minutos; Koupnek (SVK), aos 44 minutos e Quagliarella (ITA), aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Strba, Vittek, Pekarik e Mucha (SVK); Cannavaro, Chiellini e Pepe (ITA)
Estádio: Ellis Park Stadium, em Joanesburgo (RSA)
Data/horário: 24/6/2010 – 11:00
Arbitragem: Howard Webb, auxiliado por Darren Cann e Michael Mullarkey, ambos da Inglaterra.
Quarto árbitro: Stephane Lannoy (FRA)
Delegado: Eric Dansault (FRA)
Público: 53.512 espectadores.

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Série Copa 2010 – Holanda

Por: Almir Junior
Direto da Redação
São Paulo/SP

A um dia do início da Copa, começaremos a fazer as análises do grupo E, com a favorita Holanda, “a laranja mecânica”.




A Holanda foi uma das seleções 100% nas eliminatórias. Começou a campanha com o ex-ídolo holandês Marco Van Basten, mas diante do fracasso da Euro 08, foi demitido e Bert Van Marwijk (ganhador da Copa da UEFA de 2002, com o Feyenoord) foi contratado para garantir o passaporte para a África.







Ranking da FIFA: 4º lugar
Área: 41.528 km²
População: 16.426.371 habitantes
Capital: Amsterdã
Moeda: Euro
Idioma: Holandês
Posição na Copa de 2006: 11º lugar
Destaque: Arjen Robben (Bayern München)
Ídolo da história: Johan Cruyff
Técnico: Bert van Marwijk
Time base: Vorn; De Zeew, Mathijsen, Ooijer e Van der Wiel; De Jong, Van Bommel, Sneijder e Robben; Kuyt e Van Persie
Participações em Copas: 8
Melhor campanha: Vice-campeão (74 e 78)
Grupo: E (Dinamarca, Japão e Camarões)

Análise – Por Guia Oficial FIFA Copa do Mundo 2010

JÁ NÃO QUER SER A ETERNA PROMESSA
No 4º lugar do ranking FIFA, a Holanda se apoderou do rótulo “cabeça de chave”. Assim tirou a França desse lugar de privilégio. Juntamente com a Espanha e a África do Sul, é o único país que ostenta esse mérito sem ter sido campeão do mundo.


Utilizou só 25 jogadores na eliminatória (a Argentina utilizou o dobro) e conseguiu o que só a Espanha conseguiu na rota para a África do Sul: não ceder nem um ponto sequer, apesar de jogar duas partidas menos que o resto dos europeus (8 partidas), superando a Noruega e a Escócia, dois rivais nada fracos. Além disso, com uma estatística fenomenal: marcou 17 gols e levou apenas 2.

Com uma fama bem ganha de jogo vistoso desde que Rinus Michels deu vida a essa fantástica maquinaria do futebol, conhecida como Laranja Mecânica na década de 70, é uma eterna candidata que já não se conforma com que falem bem dela. Não é à toa que os treinadores holandeses são requeridos e valorizados em todo o mundo. De Michels passando por Cruyff, seguindo por Guus Hiddink e finalizando pelos 12 técnicos que participaram nestas eliminatórias (foi a segunda nesse ramo, atrás da França), a Holanda cultiva um estilo que nunca gera indiferença nos neutros.

Depois dos dois segundos lugares conseguidos em 74 e 78, só conseguiu um 4º lugar na França em 98 e vem de dois momentos difíceis: foi eliminado por Portugal nas oitavas de final na Alemanha, em 2006 e nas quartas de final, contra a Rússia, na Euro 08. Por esse motivo, saiu Van Basten e entrou Bert van Marwijk, quem até aqui colheu ótimos resultados com uma geração dos jogadores que brilham nos melhores times da Europa. Ainda que, por acaso, nenhuma das quatro seleções tenham se enfrentado em Copas do Mundo anteriores, a Laranja guarda uma amarga lembrança da Dinamarca que, após eliminá-la na semi final da Euro 92, conquistou uma vitória repentinamente.


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Série Copa 2010 – Gana

Por: Almir Junior
Direto da Redação
São Paulo/SP


Terminando as análises das equipes do grupo D, vamos com Gana, os atuais campeões mundiais sub-20, em cima da nossa seleção.

Gana pegou teoricamente um grupo fácil nas eliminatórias africanas, com Benin, Mali e Sudão. Acabou ganhando 4, empatou 1 (com Mali) e perdeu 1 (contra Benin), mas acabou ficando em primeiro em seu grupo.

Ranking da FIFA: 32º lugar
Área: 238.533 km²
População: 23.478.000 habitantes
Capital: Accra
Moeda: Cedi
Idioma: Inglês
Posição na Copa de 2006: 13º lugar
Destaque: Stephen Appiah (Bologna/ITA)
Ídolo da história: Abedi Pelé
Técnico: Milovan Rajevac
Time base: Kingson; Paintsil, Mensah, Afful e Inkoom; Appiah, Annan, Asamoah e Muntari; Amoah e Gyan
Participações em Copas:
Melhor campanha: 13º lugar (06)
Site: http://www.ghanafa.org/
Grupo: D (Alemanha, Austrália e Sérvia)




Análise – Por Guia Oficial FIFA Copa do Mundo


COM O IMPULSO GANHADOR DOS JUVENIS
Talvez fosse um anúncio, uma espécie de antecipação do que poderia ocorrer um ano mais tarde. Até 2009 nenhum time africano tinha conseguido conquistar um Mundial Sub-20. E um Mundial Sub-20 é a maior categoria de juvenis da FIFA, já que dá lugar a verdadeiros jogadores profissionais e frequentemente nutre a seleção. Gana já tinha se consagrado em dois Mundiais Sub-17, quase igual ao país mais ganhador: a Nigéria, e chegou a duas finais da categoria. Em 2009, tirou a ilusão do sempre implacável Brasil que lutava pelo pentacampeonato Sub-20 ao vencê-lo na final por pênaltis, dando à África o que nunca tinha tido em suas mãos. E fez o mesmo com o Egito, seu próprio continente. Continuará do mesmo jeito nesta 19º Copa do Mundo?


Sem dúvida, pelos jogadores de nome que a formam, os “Estrela Negra” são um dos representantes mais poderosos da África, depois da Costa do Marfim. Como os Elefantes, conta com a experiência de ter disputado a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, ao apresentar a equipe de menor idade de toda a Copa (a média não chegou aos 24 anos) e transformar-se no único dos 5 times africanos que passou de fase antes de perder nas oitavas para o Brasil, apesar de Michael Essien não ter conseguido jogar por estar suspenso.

Também coincidem com a Costa do Marfim no duríssimo grupo em que foram sorteados. É uma pena para o continente que as duas equipes mais fortes caiam nos dois grupos mais difíceis. Assim, os africanos – primeiros em conseguir a passagem para a África do Sul com apenas uma derrota e um gol recebido na fase final -, deverão tentar superar a Austrália e a Sérvia para aspirar escoltar a Alemanha.

“Não estou contente com o grupo que ficamos. A Alemanha é um time espetacular, o melhor da Europa ao meu entender e a Sérvia também, porém acho que nós estamos no mesmo nível e confio plenamente em que nos classificaremos”, afirmou Milovan Rajevac, o treinador, em relação ao futuro desta Seleção que ganhou 4 vezes a Copa Africana (a última em 1982), conhecida no mundo pelo talento Abedi Pelé, jogador do Olympique de Marselha que soube levantar a Champions League

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Série Copa 2010 – Sérvia

Por: Almir Junior
Direto da Redação
São Paulo/SP



Continuando com a análise das equipes do grupo D, vamos com a Sérvia, que “participou” em 2006, mas como Sérvia e Montenegro.

Pegou um grupo difícil nas eliminatórias européias, com a França e a sua arqui-rival Romênia. Surpreendeu a todos ao ficar na liderança do grupo, despachando a França para as eliminatórias e fazendo a Romênia ficar em vice-lanterna do grupo, sendo pior que a Áustria e a modestíssima Lituânia, e perder apenas para a Lituânia e para a França


Ranking da FIFA: 16º lugar
Área: 77.474 km²
População: 9.858.000 habitantes
Capital: Belgrado
Moeda: Dinar sérvio
Idioma: Sérvio
Posição na Copa de 2006: não disputou* 
Destaque: Nemanja Vidic (Man. United)
Ídolo da história: Savo Milosevic
Técnico: Radomir Antic
Time base: Stojkovic; Kolarov, Ivanovic, Vidic e Dragutinovic; Krasic, Jankovic, Stankovic e Petrovic; Zigic e Jovanovic
Participações em Copas: Estreante
Melhor campanha: não participou
Site: http://www.fss.rs/
Grupo: D (Alemanha, Austrália e Gana)




Análise – Por Gabriel Araújo e Revista Placar – A caminho da Copa


DE NOVO UMA NOVA SELEÇÃO
Esta será a primeira Copa da Sérvia como país independente. Ex-integrante da antiga Iugoslávia, a Sérvia atuou no último Mundial com Montenegro e foi a última colocada, com três derrotas – incluindo a goleada de 6 x 0 para a Argentina. Desde 2006 como Sérvia, a seleção do técnico Radomir Antic agora joga de vermelho – a Iugoslávia usava camisa azul. E não é que tem surpreendido?



Nas Eliminatórias, ficou em primeiro no grupo 7, deixando as favoritas França, Romênia e Áustria para trás. Antic, que levou o Atlético de Madrid ao seu último título espanhol, em 1997, tentará recuperar o prestígio do país. Uma vaga nas oitavas já estará de bom tamanho. Bons nomes não faltam: o  zagueiro Vidic, do Manchester United, o atacante Zigic, do Valencia, e o meia Stankovic, da Inter de Milão.

O CARA: Nemanja Vidic – Titular do Manchester United, é um dos zagueiros mais técnicos do mundo. Lesionado, não jogou a Copa de 2006.


FIQUE DE OLHO: Sulejmani – Foi comprado pelo Ajax por 16,3 milhões de euros. Está no banco, mas tem talento para surpreender.


TÉCNICO: Radomir Antic – Já treinou o Real e foi campeão espanhol no Atlético de Madrid. Treina a Sérvia desde 2008.


SÉRVIA: Site – www.fss.rs
               Ranking da Fifa – 15º
               Copas disputadas – 10
               Melhor colocação – Semifinalista (1930) e 4º lugar (1962).
               Na Copa de 2006 – 32º (primeira fase).


JOGOS DA PRIMEIRA FASE:– Sérvia x Gana – 13/06 – 11h  – Pretória;
– Alemanha x Sérvia – 18/06 – 8h30 – Port Elizabeth;
– Austrália x Sérvia – 23/06 – 15h30 – Nelspruit.


CURIOSIDADES:

– Essa será a primeira Copa do Mundo da Sérvia como país independente. Antiga república da Iugoslávia, desmembrou-se do país em 2006 para formar a então Sérvia e Montenegro. Após o Mundial, o país tornou-se independente e passou a jogar de vermelho.

– Os melhores resultados da Iugoslávia em Copas foram os quartos lugares em 1930 e em 1962.

ESQUEMA TÁTICO:
4-4-2: Stojkovic; Ivanovic, Lukovic, Vidic e Kolarov (Obradovic); Milijas, Jovanovic, Krasic e Stankovic; Pantelic e Zigic.

– Os bons zagueiros Vidic, do Manchester United, e Ivanovic, do Chelsea, dão segurança à defesa. Os meias Krasic e Stankovic são os destaques no meio-campo.

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Série Copa 2010 – Austrália

Por: Almir Junior
Direto da Redação
São Paulo/SP


Continuaremos a nossa série, agora com a Austrália, que ficou no grupo do Brasil na Copa de 2006.

Agora na Ásia, a Austrália vai tentar dar o passo tão esperado para o seu país, após a Copa de 2006 ser marcada como uma revolução, com a equipe sendo comandada pelo holandês Guus Hiddink, que passou o bastão para outro holandês, Peter Tim Verbeek, ou Pim Verbeek.

Ranking da FIFA: 20º lugar
Área: 7.741.220 km²
População: 21.328.050 habitantes
Capital: Canberra
Moeda: Dólar australiano
Idioma: Inglês
Posição na Copa de 2006: 16º lugar
Destaque: Tim Cahill (Everton-ING)
Ídolo da história: Mark Viduka
Técnico: Peter Tim Verbeek
Time base: Schwarzer; Stefanutto, Kisnorbo, Moore e Neill; Grella, Culina, Valeri e Cahill; Kewell e McDonald
Participações em Copas: 2
Melhor campanha: 16º lugar (06)
Site: http://www.footballaustralia.com.au/
Grupo: D (Alemanha, Sérvia e Gana)




Análise – Por Guia Oficial FIFA Copa do Mundo


FINALMENTE DEU O SALTO  TÃO ESPERADO
O contraste de um par de dados sintetiza com clareza a acertada escolha que a federação australiana tomou ao pedir a troca de órbita para não competir mais na Oceania e sim na Ásia e, deste modo, elevar o nível de sua seleção. Não lhes servia para nada ganhar de 31 x 0 da Samoa Americana ou de 22 x 0 de Tonga, como aconteceu em 2001. Nas últimas quatro Copas do Mundo, os “socceroos” (termo que une os termos soccer com canguru, isto é, “os cangurus do futebol”) deveram penar até o último instante das Eliminatórias para saber se podiam finalmente repetir aquela velha experiência de 1974. Assim, através do playoff que disputou reiteradamente em uma única oportunidade (2006, frente ao Uruguai), conseguiu atingir o bendito objetivo. Para chegar á África do Sul, em compensação, competiu pela primeira vez na Eliminatória asiática e conseguiu quase sem se despentear; foi o segundo país a garantir sua estadia na terra de Nelson Mandela. O primeiro foi o Japão e só por diferença horária. Isto aconteceu em julho, ou seja, com quase um ano de antecedência. Além do mais, conseguiu isso intimidando seus rivais: finalizou invicta o pentagonal final com 6 vitórias e 2 empates. E como se fosse pouco o balanço, diz que fez 12 gols, recebeu apenas 1, tirou 5 pontos de vantagem do Japão e colheu 4 pontos a mais que a Coréia do Sul (líder histórico da região, que acabou em primeiro na outra chave). Impecável.

Apesar de ser um país no qual historicamente o futebol fica atrás do rúgbi e do futebol americano em popularidade, os últimos anos marcaram um crescimento notável que se viu refletido nos quase 3,5 milhões de pessoas que viram pela TV a estreia de sua seleção na Alemanha 06 frente ao Japão, apesar de ter sido em plena madrugada. Esse número de telespectadores superou os da apresentação do nadador Ian Thorpe, nos Jogos Olímpicos de Sydney. Nesta direção foi criada a A-League, isto é, com propósito de fortalecer a competição interna.

“Nas eliminatórias tivemos que jogar em condições extremas e suportar viagens esgotantes para enfrentar seleções muito potentes. Sem dúvida, isso nos fortaleceu mentalmente. Temos que melhorar nossa atuação anterior. Acho que na vida se devem estabelecer metas, queremos fazer muito melhor que da última vez”, afirmou Pim Verbeek, ex-colaborador de Guus Hiddink, que dirigiu os “socceroos” em 2006. Ou seja, quando passaram a primeira fase após eliminar a Croácia e o Japão para cair na Alemanha em oitavas de final com a Itália após um pênalti muito duvidoso. Na África do Sul integra um dos grupos mais difíceis.

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Série Copa 2010 – Alemanha

Por: Almir Junior
Direto da Redação
São Paulo/SP


Começaremos a análise do grupo D, com a cabeça-de-chave Alemanha. Infelizmente, a acelerada que havíamos prometido só será possível se a minha disponibilidade for boa pra fazer 3 grupos. Vou tentar fazer 2 grupos hoje. E até o final de semana, atualizaremos as análises que não estão completas. Durante a Copa, falaremos sobre as sedes e as outras Copas.

A Alemanha terá vários desfalques de última hora, como: o meia Michael Ballack e o zagueiro Heiko Westermann, que Joachim Löw confiava plenamente. Mas contará com a experiência de Lahm e Klose e a juventude de Özil e Kroos.

Ranking da FIFA: 6º lugar
Área: 357.002 km²
População: 82.244.000 habitantes
Capital: Berlim
Moeda: Euro
Idioma: Alemão
Posição na Copa de 2006: Terceiro lugar
Destaque: Bastian Schweinsteiger (Bayern München)
Ídolo da história: Franz Beckenbauer
Técnico: Joachim Löw
Time base: Neuer; Mertesacker, Friedrich, Boateng e Lahm; Schweinsteiger, Kroos, Özil e Trochowski; Cacau e Klose
Participações em Copas: 16
Melhor campanha: Campeão (54, 74 e 90)
Site: http://www.dfb.de/
Grupo: D (Austrália, Sérvia e Gana)




Análise – Por Gabriel Araújo e Revista Placar – A caminho da Copa


OS SUSPEITOS DE SEMPRE
Uma frase do ex-atacante inglês Gary Lineker resume o que se espera da Alemanha em Copas. “O futebol é um jogo simples em que 22 jogadores correm atrás de uma bola, um juiz comete uma porção de erros e no final a Alemanha sempre vence.” Como de costume, os alemães chegam com um elenco sem pompa. E mais uma vez, são candidatos ao título.



Desde 2006 no comando da equipe, Joachim Löw levou o desacreditado time alemão ao vice-campeonato da Eurocopa em 2008 e ganhou muito prestígio no país, o que não aconteceu com seus antecessores Völler, em 2002, e Klinsmann, em 2006. E se alguém acusa o futebol alemão de ser pragmático e burocrático, desta vez não será por falta de ousadia: o principal volante do time, com a contusão de Ballack, será ofensivo: Schweinsteiger.


A Alemanha não teve sorte antes do início dessa Copa. Perdeu o goleiro Rene Adler, por lesão na costela, o craque do time, Michael Ballack e o zagueiro Westermann.

O CARA: Bastian Schweinsteiger – Com a contusão de Michael Ballack, a principal estrela do time será Schweinsteger, experiente volante do Bayern de Munique, que sabe lidar com a pressão de uma Copa do Mundo. Ainda lhe falta um grande título na seleção.


FIQUE DE OLHO: Mesut Özil – Atacante de origem turca do Werder Bremen, tem 21 anos e foi campeão europeu sub-21 em 2009.


TÉCNICO: Joachim Löw – Ex-assistente de Klinsmann, ganhou o respeito dos compatriotas ao levar o time à final da Euro 2008.


ALEMANHA: Site – www.dfb.de
                    Ranking da Fifa – 6º
                    Copas disputadas – 16
                    Melhor colocação – Campeã (1954, 1974 e 1990)
                    Na Copa de 2006 – 3º


JOGOS DA PRIMEIRA FASE:
– Alemanha x Austrália – 13/06 – 15h30 – Durban;
– Alemanha x Sérvia – 18/06 – 8h30 – Port Elizabeth;
– Gana x Alemanha – 23/06 – 15h30 – Johannesburgo.


CURIOSIDADES:
– Três vezes campeã mundial, a Alemanha é o país que mais chegou a finais de Copa, ao lado do Brasil, com sete decisões. Das 18 Copas realizadas, a Alemanha só não participou de duas: 1930 e 1950.

– O meia Lothar Mattäus é o recordista de participações em Copas do Mundo, ao lado do goleiro mexicano Antonio Carbajal, com cinco Copas disputadas.


ESQUEMA TÁTICO:
4-2-3-1: Butt; Mertesacker, Friedrich, Boateng e Lahm; Schweinsteiger e Kroos; Özil, Trochowski e Cacau; Gómez (Klose).

A Alemanha joga num 4-2-3-1, com três meias. O problema é a falta de volantes: Schweinsteiger e Kroos não têm características defensivas – Inclusive Kroos é meia, improvisado de volante após a lesão de Ballack. Com a saída de Westermann, Friedrich é a opção. Substituindo o goleiro Adler, provavelmente deve estar Butt, mas Wiese e Neuer brigam com eles.

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Série Copa 2010 – Eslovênia

Por: Almir Junior
Direto da Redação
São Paulo/SP




Terminaremos as análises das equipes do grupo C com a Eslovênia. Ao contrário da xará de início do nome, a Eslováquia, já havia participado da Copa de 2002, mas ficou em anti-penúltimo lugar.

A Eslovênia caiu no grupo da Eslováquia, e acabou ficando em segundo no grupo. Foi para repescagem para enfrentar a temída e gelada Rússia, de Guus Hiddink. Após perder por 2 a 1 em Moscou, mas em Liubliana, o atacante Zlatko Dedic fez a alegria dos eslovenos e os levou para a segunda Copa do Mundo.

Ranking da FIFA: 23º lugar
Área: 20.256 km²
População: 2.025.768 habitantes
Capital: Liubliana
Moeda: Euro
Idioma: Esloveno
Posição na Copa de 2006: não disputou
Destaque: Samir Handanovic (Udinese)
Ídolo da história: Zlatko Zahovic
Técnico: Matjaz Keh
Time base: S. Handanovic; Cesar, Jokic, Suler e Brecko; Zlogar, Birsa, Kirm e Koren; Dedic e Novakovic
Participações em Copas: 1
Melhor campanha: 30º lugar (2002)
Grupo: C (Inglaterra, EUA e Argélia)


Análise – Por Gabriel Araújo e Revista Placar – A Caminho da Copa

À ESPERA DE OUTRA ZEBRA
Ninguém na Eslovênia confia de verdade na classificação para as oitavas, ainda mais em um grupo com fortes adversários como Inglaterra e Estados Unidos. Mas o retrospecto da antiga república iugoslava nas Eliminatórias dá uma certa esperança. A seleção deixou pelo caminho a República Tcheca, ainda na fase de grupos, e a Rússia, na repescagem.

O objetivo ainda é somar o primeiro ponto em Copas – na primeira experiência, na Ásia, a Eslovênia voltou para casa com três derrotas em três jogos. Se ele vier, é bem provável que seja um 0 x 0. O técnico Matjaž Kek armou um time defensivo, que tomou apenas 6 gols em 12 jogos das Eliminatórias. O segredo de passar pela Rússia de Arshavin esteva aí – vencer sem tomar gols em casa. O problema é que agora a Copa é longe, na África.

O CARA: Milivoje Novakovic – Um atacante no melhor estilo grandalhão: as jogadas eslovenas são criadas tendo suas cabeçadas como objetivo.


FIQUE DE OLHO: Samir Handanovic – O goleiro é um dos responsáveis pela segunda defesa menos vazada das Eliminatórias, com apenas 6 gols.


TÉCNICO: Matjaž Kek – Na seleção nacional desde 2007, armou a boa retranca que rendeu vaga no Mundial.


ESLOVÊNIA: Site –www.nzs.si
                     Ranking da Fifa – 29º
                     Copas disputadas – 1
                     Melhor colocação – Primeira fase (2002)
                     Na Copa de 2006 – Não participou.


JOGOS DA PRIMEIRA FASE:– Argélia x Eslovênia – 13/06 – 8h30 – Polokwane;
– Eslovênia x Estados Unidos – 18/06- 11h – Johannesburgo;
– Eslovênia x Inglaterra – 23/06 – 11h – Port Elizabeth.


CURIOSIDADES:
– A Eslovênia foi a primeira das repúblicas da antiga Iugoslávia admitida pela Fifa. Isso aconteceu em 1992, um ano depois da conquista da independência.

– Nos dois torneios internacionais que disputaram (a Euro 2000 e a Copa de 2002), os eslovenos jamais passaram de fase. Na Ásia, perderam as três partidas que jogaram na fase de grupos.

ESQUEMA TÁTICO:
4-4-2: Handanovic; Brecko, Suler, Cesar e Jokic; Radosavljevic, Koren, Kirm e Birsa; Dedic e Novakovic.

– Uma forte marcação apoiada em um 4-4-2 clássico, com dois volantes e dois meias. O problema é que eles não sabem muito bem o que fazer depois de roubar a bola.

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Série Copa 2010 – Argélia

Por: Almir Junior
Direto da Redação
São Paulo/SP


Continuaremos a análise do Grupo C, com as “Raposas do Deserto”, a única representante do chamado “Mundo Árabe”, a Argélia, que se classificou após uma batalha no Sudão.

O Estádio de Al-Merreikh estava em um cenário de guerra. Duas nações que são “inimigas” do Norte da África. Mas o símbolo do futebol argelino, Antar Yahia, fez o gol da classificação e jogou na cara dos egípcios a classificação pro Mundial, após 28 anos.

Ranking da FIFA: 31º lugar
Área: 2.381.740 km²
População: 33.858.000 habitantes
Capital: Argel
Moeda: Dinar
Idioma: Árabe
Posição na Copa de 2006: não disputou
Destaque: Antar Yahia (Bochum/ALE)
Ídolo da história: Rabah Madjer 
Técnico: Rabah Saadane
Time base: Chaouchi; Halliche, Yahia, Belhadj e Bougherra; Meghini, Ziani, Yebda e Matmour; Saifi e Ghezzal
Participações em Copas: 2
Melhor campanha: 13º lugar (1982)
Grupo: C (Inglaterra, EUA e Eslovênia)


Análise – Por Gabriel Araújo e Revista Placar – A Caminho da Copa

SONHO DE UMA NOITE NA ESPANHA
Rabah Saadane sabe como surpreender um grupo forte. Em 1982, na Espanha, ele estava no corpo técnico da Argélia, só desclassificada por Alemanha e Áustria graças a uma armação – a vitória alemã por 1 x 0 foi boa para os dois europeus. Na África do Sul, os argelinos voltam à Copa depois de 24 anos.

No dicurso, assumem que são azarões. Mas a Copa Africana de Nações, em fevereiro, acrescentou entrosamento e disciplina tática ao time. A convivência acentuada, no entanto, deixou os argelinos à beira de um ataque de nervos. A deserção do meia Lemmouchia, em janeiro, por pouco não provocou uma debandada, estimulada pelos socos do intocável goleiro Chaouchi no reserva Ousserir. Antes de pensar na Copa, a Argélia terá que cuidar da casa.


O CARA: Anthar Yahia – É zagueiro, mas a Argélia dependeu de seus três gols nas Eliminatórias para se classificar – sobretudo o do jogo contra o Egito.


FIQUE DE OLHO: Karim Matmour – Um dos 15 franceses naturalizados. Driblador, é o “brasileiro da Argélia”.


TÉCNICO: Rabah Saadane – Esteve com a Argélia em suas duas primeiras Copas – a primeira como auxiliar. Voltou em 2007.


ARGÉLIA: Site – www.faf.org.dz
                Ranking da Fifa – 27º
                Copas disputadas – 2
                Melhor colocação – Primeira fase (1982 e 1986)
                Na Copa de 2006 – Não participou.


JOGOS DA PRIMEIRA FASE:
– Argélia x Eslovênia – 13/06 – 8h30 – Polokwane;
– Inglaterra x Argélia – 18/06 – 15h30 – Cidade do Cabo;
– Estados Unidos x Argélia – 23/06 – 11h – Pretória.


CURIOSIDADES:
– Alemanha e Áustria tocaram a bola por 80 minutos, na Copa de 1982, depois de os alemães marcarem o único gol do jogo. O resultado de compadres eliminou a Argélia.

– A Argélia decidiu a vaga na Copa de 2010 em um jogo desempate com o Egito, no Sudão. A guerra não foi só em campo: torcedores dos dois países atacaram as embaixadas dos rivais e centenas ficaram feridos.

ESQUEMA TÁTICO:
4-4-2: Chaouchi; Bougherra, Halliche, Yahia e Belhadj; Mansouri, Yebda, Ziani e Meghni; Matmour e Ghezzal.

– O 4-2-2-1-1 privilegia um meio-campo de muita marcação e pouca criação. O trio Ziani, Matmour e Ghezzal salva o poderio ofensivo da equipe.

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Série Copa 2010 – Estados Unidos

Por: Almir Junior
Direto da Redação
São Paulo/SP




Continuando com a análise do grupo C, os Estados Unidos, que será uma das duas equipes que terão filhos de técnicos no plantel que vai para a África do Sul.

Os Estados Unidos tiveram grande influência nas Eliminatórias da América Central. Na última rodada, Honduras precisava de um empate dos Estados Unidos sobre a Costa Rica. No último minuto, Bornstein, de cabeça, empatou a partida em Washington e classificou “La Bicolor” para a Copa do Mundo.

Ranking da FIFA: 14º lugar
Área: 9.629.020 km²
População: 307.807.000 habitantes
Capital: Washington, D.C
Moeda: Dólar americano
Idioma: Inglês
Posição na Copa de 2006: 25º lugar
Destaque: Landon Donovan (LA Galaxy)
Ídolo da história: Joseph Gaetjens
Técnico: Bob Bradley
Time base: Howard; Bornstein, Cherundolo, Onyewu e Bocanegra; Clark, Holden, Feilhaber e M. Bradley; Donovan e Altidore
Participações em Copas: 8
Melhor campanha: 3º lugar (1930)
Grupo: C (Inglaterra, Argélia e Eslovênia)


Análise – Por Gabriel Araújo e Revista Placar – A Caminho da Copa

O NOVO SONHO AMERICANO
Não espere ver grandes partidas dos norte-americanos. O grande mérito de sua seleção é a força – graças a ela, os Estados Unidos chegaram à final  da Copa das Confederações do ano passado, seu melhor resultado em uma competição internacional. Sob essa base, montada com laterais defensivos – Spector e Bornstein – e volantes parrudos – Bradley e Holden -, o time guarda o gás para Donovan e Beasley, meias rápidos que costumam resolver pelas pontas. No ataque, o destaque é Jozy Altidore, do inglês Hull City.

A esperança americana é pelo menos passar de fase. Não é uma tarefa inglória: além de o técnico Bob Bradley ter controle absoluto sobre a equipe, os EUA só devem sofrer mesmo diante da Inglaterra. Argélia e Eslovênia são zebras maiores do que eles.



O CARA: Landon Donovan – Tem 27 anos e currículo de veterano. Joga sua terceira Copa e é recordista de jogos e gols pela seleção americana.


FIQUE DE OLHO: Jozy Altidore – É o astro precoce que Freddy Adu não conseguiu ser. Controla bem a bola e impõe sua força no ataque.


TÉCNICO: Bob Bradley – Virou unanimidade nacional ao levar os Estados Unidos à final da Copa das Confederações em 2009.


ESTADOS UNIDOS: Site – www.ussoccer.com
                               Ranking da Fifa – 16º
                               Copas disputadas – 8
                               Melhor colocação – 3º (1930)
                               Na Copa de 2006 – 25º (primeira fase).



JOGOS DA PRIMEIRA FASE:– Inglaterra x Estados Unidos – 12/06 – 15h30 – Rustemburgo;
– Eslovênia x Estados Unidos – 18/06 – 11h – Johannesburgo;
– Estados Unidos x Argélia – 23/06 – 11h – Pretória.



CURIOSIDADES: – Um jornal da Inglaterra, incrédulo quanto à derrota de sua seleção por 1 x 0 para os Estados Unidos em 1950, acreditou tratar-se de um erro na transmissão dos dados. Publicou que o time havia ganhado por 10 x 1.

– Em 1998, num jogo potencialmente explosivo, os Estados Unidos foram derrotados por 2 x 1 pelo Irã. A partida, porém, acabou sendo marcada pelo fair play.



ESQUEMA TÁTICO: 4-5-1: Howard; Spector, Onyewu, Bocanegra e Bornstein; Holden, Bradley, Donovan, Beasley e Dempsey; Altidore.

– Mantém um defensivo 4-5-1, com dois volantes essencialmente de marcação. Aposta tudo nos contra-ataques com Dempsey e Altidore.

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Série Copa 2010 – Inglaterra

Por: Almir Junior
Direto da Redação
São Paulo/SP


Agora, iniciaremos as análises do Grupo C, com a cabeça-de-chave Inglaterra, que apesar de ser fundadora do futebol, só venceu um título mundial em 66, dentro de casa.

A Inglaterra passou de um grupo fácil, que tinha Ucrânia, Croácia, Bielorrússia, Cazaquistão e Andorra. Em 10 jogos, venceu 9 e perdeu apenas 1, contra a Ucrânia, em Dnipopetrovsk, na região central da Ucrânia.

Ranking da FIFA: 8º lugar
Área: 130.423 km²
População: 51.446.000 habitantes
Capital: Londres
Moeda: Libra esterlina
Idioma: Inglês
Posição na Copa de 2006: 7º lugar
Destaque: Steven Gerrard (Liverpool)
Ídolo da história: Bobby Charlton
Técnico: Fábio Capello
Time base: James; Cole, Ferdinand, Terry e Lescott; Gerrard, Lampard, Barry e Lennon; Rooney e Defoe
Participações em Copas: 12
Melhor campanha: Campeão (66)
Grupo: C (EUA, Argélia e Eslovênia)




Análise – Por Gabriel Araújo e Revista Placar – A Caminho da Copa

MEU REINO POR UM TÍTULO
O fracasso nas Eliminatórias da Euro 2008 rendeu à Inglaterra um técnico e um time para a Copa. O italiano Fabio Capello teve autonomia para armar aquela que é provavelmente a seleção com mais chances de igualar a posição da Copa de 1990, quando chegaram à semi-final.

Gerrard resolveu o dilema no meio, jogando à esquerda de Lampard. O atacante Rooney, em grande fase, rivaliza com Messi e Cristiano Ronaldo como melhor do mundo. Nem a recente torção no tornozelo direito do inglês preocupa. Dor de cabeça, mesmo, só no gol – Capello ainda não encontrou um goleiro confiável – e na frente – falta um parceiro de qualidade para Rooney. O futebol inglês também começa uma nova era: é a primeira Copa, desde 1998, sem as estrelas Michael Owen e David Beckham, ambos lesionados.

O CARA: Wayne Rooney – Vive sua melhor temporada. Não tem a habilidade de Messi ou Cristiano Ronaldo, mas pode ser decisivo quanto os dois.

FIQUE DE OLHO: Glen Johnson – O lateral-direito voltou voando depois de uma lesão no joelho. Crouch sonha com seus cruzamentos.

TÉCNICO: Fabio Capello – Até o fato de não ser o primeiro estrangeiro a comandar o time ajudou. E até agora não decepcionou.

INGLATERRA: Site – www.thefa.com
                       Ranking da Fifa – 7º
                       Copas disputadas – 12
                       Melhor colocação – campeão (1966)
                       Na Copa de 2006 – 7º (quartas-de-final).

JOGOS DA PRIMEIRA FASE:– Inglaterra x Estados Unidos – 12/06 – 15h30 – Rustemburgo;
– Inglaterra x Argélia – 18/06 – 15h30 – Cidade do Cabo;
– Eslovênia x Inglaterra – 23/06 – 11h – Port Elizabeth.

CURIOSIDADES:

– Na preparação para a Copa de 1970, Bobby Charlton, capitão da seleção inglesa, ficou preso quatro dias na Colômbia sob a acusação de roubo a uma joalheria.

– Na mesma Copa, Gordon Banks, maior goleiro inglês de todos os tempos, não disputou as quartas-de-final contra a Alemanha Ocidental devido a uma crise de diarreia. A Inglaterra perdeu por 3 x 2.


ESQUEMA TÁTICO:
4-3-3: Green; Glen Johnson, Terry, Ferdinand e Ashley Cole; Barry, Lampard e Gerrard; Lennon, Rooney e Defoe (Heskey).

– Fabio Capello mantém um clássico 4-3-3, com um volante de proteção (Barry), dois meias (Gerrard e Lampard) e três atacantes (Lennon, Defoe, Heskey ou Rooney).

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