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O novo comandante

Por: Júlio Nascimento
Direto da Redação
Campinas/SP

Carpegiani foi apresentado nesta manhã. Foto: Marcelo Prado/Globo Esporte.com

Depois de um bom e muito rápido trabalho à frente do Atlético-PR, Paulo César Carpegiani pediu demissão para assinar contrato com o São Paulo.

Ainda que apresente resultados imediatos, ele não conseguirá levar o time à Libertadores de 2011. Depois de sete participações consecutivas na competição mais importante do continente, o Tricolor terá uma temporada diferente.

Carpegiani terá a chance de conquistar a Copa do Brasil, título que ainda falta ao Tricolor.

O ano do São Paulo não foi dos melhores, mas pelo menos o clube não cometeu a incoerência de contratar Vanderlei Luxemburgo. Quando o treinador estava no auge de sua carreira, o Tricolor sempre o descartou por considerar seu estilo de trabalho incompatível com a administração do clube. Só faltava mudar de ideia agora, que Luxa está em baixa.

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A permanência de Neymar: excelente

O fim da novela envolvendo a transferência de Neymar para o Chelsea, com a permanência do atacante no Santos, foi sensacional. Realmente é uma mudança de paradigma ver o garoto recusar, mesmo que por um breve período, os muitos milhões do time inglês para ficar no time de coração.

Que realmente sirva de exemplo. Neste momento, deixar uma condição de ídolo e craque, de reverência nacional, para ir brigar por posição num país como a Inglaterra, e no Chelsea, não seria mesmo o mais sensato. Neymar ainda tem muito que evoluir. A pouca idade, apesar de não ser uma barreira, também atrapalha. Aliás, isso é outro ponto que dá pra discutir – impor uma idade mínima para transferências para o exterior.

Elogiável também a postura do Santos, que fez a mesma coisa com Robinho, quando este quis se transferir para o Real Madrid. Para quem não se lembra, o jogador, que passou por maus momentos na Europa e quase implorou para voltar ao alvinegro praiano nesta temporada, fez até uma “greve”, sumindo dos treinamentos. Mas os santistas só o liberaram quando o clube espanhol pagou o total da multa recisória. Ora, os europeus têm dinheiro, e muito! É muito simples: se eles querem um atleta, que paguem o valor da multa, não tem erro.

Outra coisa em comum é o agente Fifa, como gosta de lembrar, o grande profissional Wagner Ribeiro. Desta vez, ele teve azar. Mesmo convencendo o pai de Neymar, o garoto não quis a mudança. Contou a favor também para a sua permanência o clamor nacional: Pelé, Mano Menezes, Dorival Júnior, o presidente Luis Álvaro, a mídia e a torcida.

O futebol brasileiro, aos poucos, começa a acordar para ter uma administração mais profissional, a manter os seus principais jogadores, a realizar jogadas de marketing. Claro que não é possível chegar ao mesmo patamar da Europa, mas é muito razoável crer que é possível diminuir a distância, para pelo menos retardar a saída dos valores brasileiros ou, pelo menos, os fazer pensar duas vezes antes de assinar com qualquer equipe somente por causa da questão financeira. Na minha opinião, a permanência de Neymar foi sensacional: para o Santos, para a torcida, para quem gosta de futebol e para mudar um paradigma.

Júlio Nascimento
Redação – Campinas/SP

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Calvário e esperança

Brigando pela ponta do Campeonato Brasileiro, o Corinthians vê o bom Fluminense de Muricy Ramalho abrir quatro pontos de vantagem sobre o alvinegro. Mesmo controversa do ponto de vista da arbitragem, faltou ao Corinthians um camisa nove de ofício para concluir as chances de gol perdidas. Faltou Ronaldo.
Enquanto o Flu tem Fred (em recuperação de lesão), Washington e Emerson, o Timão sofre com as contusões de Dentinho e do ineficiente Souza. Mas acima de tudo, a torcida espera ansiosamente pela volta do Fenômeno, que não joga uma partida há mais de três meses, desde a estreia no Brasileirão, em maio.

As imagens de Ronaldo treinando contra a equipe sub-18 correram o mundo e não mostravam um jogador que simplesmente estava fora de forma. Mostravam um ex-atleta em atividade, daqueles que disputam partidas beneficentes todo final de ano. Após as criticas de todos, ele prometeu dar a volta por cima, em mensagem postada no Twitter e Adílson Batista adiou sua volta em 15 dias.

A situação é diferente em relação a chegada do craque, no início de 2009. Na oportunidade, ele também havia sido criticado pela “barriguinha”, mas estava em longo período sem atuar por causa de uma grave contusão. E havia a motivação dele em provar que podia brilhar em sua volta ao país, do qual saiu ainda muito jovem. Motivado e acolhido pela torcida, Ronaldo foi uma das principais peças do time arrasador do primeiro semestre de 2009, campeão paulista e da Copa do Brasil. A partir daí, salvo em alguns jogos, Ronaldo “deixou” de estar em campo, devido a muitas lesões e cada vez mais fora de forma. Esperava-se que voltasse a explodir na Libertadores de 2010.

Tirando a segunda partida diante do Flamengo, Ronaldo não foi Ronaldo na competição. Time e torcida esperam sua volta. Mas enquanto seus companheiros dão declarações de respeito (e não poderia ser diferente), a imprensa “malha” o atacante. Sendo um dos atletas mais vitoriosos e mais aclamados dos últimos tempos e da história do esporte em geral, R9 não precisa passar por tal Via Crucis. Contudo, o que deve ficar claro é se ele realmente quer (ou pode) voltar a jogar futebol, já que recentemente, seu pai declarou que está cada vez mais difícil para o atacante atuar regularmente, devido as dores, cada vez mais intensas.

Ronaldo se pune, já que diz a todos que deseja voltar a jogar, mas está cada vez mais longe do comprometimento que um atleta profissional deve ter. E também pune ao time e aos torcedores, que ficam na expectativa de que o camisa 9 do primeiro semestre do ano passado volte e salve o time em campo.

 
Júlio Nascimento
Redação – Campinas/SP

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