Elogiável também a postura do Santos, que fez a mesma coisa com Robinho, quando este quis se transferir para o Real Madrid. Para quem não se lembra, o jogador, que passou por maus momentos na Europa e quase implorou para voltar ao alvinegro praiano nesta temporada, fez até uma “greve”, sumindo dos treinamentos. Mas os santistas só o liberaram quando o clube espanhol pagou o total da multa recisória. Ora, os europeus têm dinheiro, e muito! É muito simples: se eles querem um atleta, que paguem o valor da multa, não tem erro.
Outra coisa em comum é o agente Fifa, como gosta de lembrar, o grande profissional Wagner Ribeiro. Desta vez, ele teve azar. Mesmo convencendo o pai de Neymar, o garoto não quis a mudança. Contou a favor também para a sua permanência o clamor nacional: Pelé, Mano Menezes, Dorival Júnior, o presidente Luis Álvaro, a mídia e a torcida.
O futebol brasileiro, aos poucos, começa a acordar para ter uma administração mais profissional, a manter os seus principais jogadores, a realizar jogadas de marketing. Claro que não é possível chegar ao mesmo patamar da Europa, mas é muito razoável crer que é possível diminuir a distância, para pelo menos retardar a saída dos valores brasileiros ou, pelo menos, os fazer pensar duas vezes antes de assinar com qualquer equipe somente por causa da questão financeira. Na minha opinião, a permanência de Neymar foi sensacional: para o Santos, para a torcida, para quem gosta de futebol e para mudar um paradigma.
Redação – Campinas/SP
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