Coluna do Luis Armando: Rogério Ceni – 20 anos de dedicação a um time só

por: Luis Armando, do www.armandoajogada.com.br

Ontem, dia 7 de setembro de 2010, faz exatamente 20 anos que o goleiro-artilheiro Rogério Ceni chegou ao São Paulo Futebol Clube, vindo do pequeno Sinop Futebol Clube, da cidade de Sinop, que fica no estado do Mato Grosso.

De 7 de setembro de 1990 para cá, Rogério conquistou, no time principal, duas edições do Mundial de Clubes da Fifa (1993 e 2005); duas Taças Libertadores da América (1993 e 2005); uma Supercopa da Libertadores (1993); três Campeonatos Brasileiro (2006, 2007 e 2008); três Campeonatos Paulistas (1998, 2000 e 2005); uma Recopa Sul-Americana (1993); um Torneio Rio-São Paulo (2001); dentre outros títulos.

Ceni pode ser considerado, hoje, um dos melhores goleiros do Mundo, até pelo fato de ter conquistado muitos títulos em grande fase. Sem dúvidas, é um grande goleiro. Defende bem, sabe sair do gol, tem bom reflexo e sabe usar os pés como poucos. Rogério é diferente. Não somente pelo fato de ser o goleiro-artilheiro com o maior números de gols do Mundo, com 90 tentos, mas também por ter dedicado – e liderado – um time de futebol em 20 anos de sua vida, sempre orientando os seus companheiros e sendo fundamental para o rendimento do time. É impressionante ver como o Rogério, mesmo na pior fase que o time e os jogadores atravessam, sabe ter tranquilidade e – acima de tudo – defender todas as bolas chutadas ao seu gol.

Rogério está na minha memória afetiva. Foi principalmente por causa dele que eu comecei a gostar de futebol, em 2005, no mesmo ano em que o Tricolor – que é, pra quem não sabe, o meu time do coração – conquistou o Paulista, o tri-campeonato Mundial e o tri da Liberadores. Lembro que quando descobri quem era ele, há quanto tempo ele estava no SPFC, a dedicação dele pelo clube e a sua habilidade, eu comecei a me interessar a ver os jogos do São Paulo. Já era são-paulino, pelo fato do meu pai torcer para o time do Morumbi, mas até 2004 nunca tinha visto um jogo envolvendo o Time do Morumbi. E foi em 2004, alimentado pelo ano brilhante de 2005, que tudo começou. Tudo por causa do Rogério. Com o tempo, foi ampliando o conhecimento, estudando o elenco do São Paulo e, depois, começar a estudar o futebol em si, e não só o meu time.

Rogério Ceni e Marcos são as duas últimas espécies da raça dos jogadores fora do comum, que dedicam muito tempo a um clube só, deixam de ser profissionais para ajudar seus times e não se curvam a atitudes de tantos dirigentes idiotas que existem no futebol brasileiro. Não são dois jogadores, e sim dois torcedores apaixonados e bons de bola, que dedicam 24 horas por dia a um time só.

Ceni está na minha memória, e vocês tenham certeza que contarei para os meus netos: “não vi Pelé, mas vi Rogério Ceni”. Obrigado, Rogério. Não só por tudo o que fez pelo São Paulo e também pelo o que você fez pelo futebol brasileiro e mundial. Obrigado!

Coluna do Luis Armando: Palmeiras parece que não aprende

por: Luis Armando

O Palmeiras contratou mais um volante. Rivaldo, ex-Avaí, se juntará ao elenco comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari. Com o novato, o time alviverde já tem 7 volantes e ainda tem que improvisar o Edinho como zagueiro.

Sete volantes é coisa demais. Isso que o time tá precisando de zagueiros com um pouco de experiência para ficar na reserva, um lateral-direito para esquentar o banco do ótimo Vitor, meias e um centro-avante, já que esta não é a posição que o Kléber rende mais. Volante é a única posição de linha que não falta. Tudo bem, o Palmeiras trouxe o Valdívia, um excelente jogador que será titular deste time com os pés nas costas, mas quem vai ser o reserva dele? Não tem um jogador pra fazer esta função. O Palmeiras não tem jogadores regulares para o meio-campo. Ok, tem o Márcio Araújo, o Tinga e o Marcos Assunção, mas todos estes são volantes e não meias.

Não adianta encher o time de jogadores defensivos. Até porque os volantes que lá estão tão conseguindo dar conta do recado. O Valdívia não vai resolver todos os problemas no meio de uma hora para outra. Em dado momento, ele e o Lincoln (seu provável companheiro na posição) vão cansar e não vai ter substitutos.

Eu entendo que a Traffic que manda nas contratações e quer ganhar o seu, mas ela tem que entender que se o Palmeiras não for bem – e talvez sem reservas para o meio, a equipe não vai conseguir fazer uma boa temporada – os jogadores dela que lá estão não terão o prestígio necessário no mercado. Principalmente porque quando se tem muitos jogadores da mesma posição em um elenco, alguns nem relacionados vão ser. Ou seja, além do Palmeiras e da Traffic estarem perdendo com isso tudo, os jogadores também poderão ser desvalorizados, estimula uma briga às vezes nem tão saudável entre os atletas, o elenco vai ficando cada dia mais inchado e com posições carentes.

Não é preciso entender de questões administrativas para entender que o Palmeiras e a Traffic estão perdidinhos no comando do time do Palestra Itália. E já não é a primeira vez que isso acontece. Os erros estão aí para serem corrigidos e não jogados no lixo.

Coluna do Luis Armando – Edição XIV

Mano Menezes, técnico do Corinthians.

CORINTHIANS DANDO EXEMPLO

por: Luis Armando, do http://www.armandoajogada.com.br

2010. Ano de centenário para o Corinthians. Ano de Libertadores, um título inédito para o clube. Uma primeira fase no torneio continental perfeita. Mas, chegou nas oitavas-de-final, na hora de decidir contra o Flamengo, a equipe bobeou e foi eliminada. O sonho do primeiro título da Libertadores e vaga garantida no Mundial de Clube foi literalmente por água abaixo no primeiro jogo no Estádio do Maracanã. A torcida inteira se revoltou e disse que o Brasileirão de 2010 é obrigação.

Os jogadores se sentiam pressionados. E o tão esperado Brasileirão começou. Time em crise? Definitivamente, não. Afinal, foram 4 vitórias e um empate em 5 jogos na competição nacional e a liderança do torneio. Em menos de um mês, o clube conseguiu se organizar, se unir e, com isso, obter bons resultados.

O que o Corinthians fez é muito difícil de acontecer no futebol brasileiro. Quando os times brasileiros são eliminados, demoram para juntar os cacos e reagir. E é este aprendizado do Corinthians que os times eliminados de competições importantes precisam ter: não adianta ter racha no elenco, brigar, porque isso só deixa o clima do grupo ruim e, com isso, resultados melhores não acontecem. Portanto, quanto mais o clima do grupo é ruim, menor é a possibilidade dos resultados melhores acontecerem.

Apesar de ser frequente os times eliminados irem mal a curto prazo (como fez o Corinthians) depois da eliminação da Libertadores, há muito time que consegue a recuperação a longo prazo. Mas, acontece que a recuperação a longo prazo tem menos chances de dar certo do que a recuperação a curto prazo, como fez o Corinthians. O time paulista pode acabar caindo de produção no resto do Brasileirão? Pode, mas acho que a equipe vai permanecer com este bom clima e, por isso, continuando tendo bons redimentos nas partidas. Se vai ser campeão, não sei, mas acho que vai chegar entre os 4 primeiros.

Coluna do Luis Armando – Edição XIII

Silas, atual técnico do Grêmio, time que está mal neste começo de Brasileirão.

PONTINHOS QUE PODEM FAZER A DIFERENÇA

por: Luis Armando, do http://www.armandoajogada.com.br

Neste início de Campeonato Brasileiro, alguns times grandes estão perdendo importantes pontos, estes que podem fazer a diferença mais para frente. É o caso do Goiás, Grêmio, Atlético/PR, Vitória, Internacional/RS, Fluminense e São Paulo.

Aqueles times que estão na Libertadores, é até compreensível que estes pontos sejam perdidos, pois, convenhamos, a conquista do torneio continental é mais importante que o título do Brasileiro. Mas, no entanto, estes pontos podem acabar fazendo a diferença no final do ano. Ano passado, por exemplo, o Flamengo foi campeão brasileiro por 1 ponto, em 2008 o São Paulo levou o caneco por 3 pontos. São diferenças pequenas, mas que são construídas e destruídas neste momento.

O começo de qualquer campeonato é a peça chave de todo ele. Aqueles times – grandes ou não – que estão mal neste momento no Brasileiro, é dificil que eles venham a ser campeões, por questões de pontos e de motivação da equipe. Por isso, é importante um começo bom, para evitar problemas mais para frente. É claro que há clubes que começam mal e depois reagem e vice-versam, mas é importante o começo para o clima no grupo não ficar ruim para o resto do campeonato.

Acho que um time de futebol precisa ter prioridades e, hoje em dia, a Libertadores é prioridade para qualquer time. Mas, no entanto, a torcida e os times que estão querendo o título continental tem que se conscientizar que, pelo fato do Brasilerão ficar em segundo plano, é difícil que aquele ganhador do torneio continental ganhe o campeonato nacional também. Em 2005, o São Paulo, que levou aquela edição da Libertadores, ficou em apenas 11º lugar do Brasileirão. Mas, em 2006, em contra-partida, o Inter/RS, vencedor da Libertadores, ficou em 2º lugar do Brasileirão daquele ano e o São Paulo, que jogou a final contra o Inter, foi campeão Brasileiro daquela temporada.Portanto, há sim como conciliar as duas competições, mas é difícil, bem difícil, mas não impossível. O segredo é somar o maior número de pontos naquelas rodadas que o Brasileirão não se cruza com a Libertadores.

Coluna do Luis Armando – Edição XII

O FUTEBOL ESTÁ FICANDO MUITO CHATO

por: Luis Armando// e-mail: luis@armandoajogada.com.br// twitter: @luisarmando555

ESTA É MAIS UMA EDIÇÃO DA MINHA COLUNA SEMANAL

O futebol está ficando cada vez mais chato, mais pragmático. O legal e bom da rivalidade entre equipes é um torcedor brincar com o outro por causa da história do seu time e/ou do resultado no último jogo. Além disso, as provocações – saudáveis, por favor – entre pessoas ligadas ao futebol também é um lado muito bom, gostoso do futebol.

Isso tudo, infelizmente, está acabando. Dou dois exemplo concretos:

1. Depois da eliminação do Corinthians na Libertadores’10, eu, como todo o são-paulino, zoei demais os corinthianos na quinta feira (primeiro dia pós eliminação). E um meu amigo corinthiano disse: “Não admito que são-paulino me zoe por causa disso”. Por que não? Não posso? O que me impede? Gente, não dá para pensar na existência do futebol sem estas brincadeiras. São times rivais e, mesmo se não forem, é muito saudável estas brincadeiras, desde que estas não acabem em violência e que as pessoas levem na esportiva.

2. Os jogadores do Santos, na festa do título Paulista, catucaram o técnico Vanderlei  Luxemburgo, ex-treinador do mesmo Santos e atual comandante do Atlético/MG, que seria o próximo adversário da equipe santista. O “profexô” não levou na esportiva e ficou bravo com os jogadores do Santos. Uma tremenda bobagem. O futebol é assim, de provocações etc, como já disse. Qual é o problema dos jogadores do Santos darem uma alfinetada no Luxa? Aliás, quem é o Luxa para achar que está acima do bem e do mau?

Olha, acho que além de ser legal, bom e saudável para o futebol, também anima o às vezes conturbado ambiente deste esporte. Mas, no entretanto, as pessoas precisam saber brincar, levar na esportiva para que estas brincadeiras não evoluam para uma agressão – física ou não. Esta é a fórmula correta.

Coluna do Luis Armando – Edição XI

ESTE TÍTULO TAMBÉM É SEU, LUÍS ÁLVARO

por: Luis Armando, do http://www.armandoajogada.com.br

Todos falam dos jogadores do Santos e do bom rendimento deles. Eu mesmo venho dedicando este espaço ao time da Baixada faz semanas. Confesso que acho demais, mas não poderia deixar de escrever esta coluna sobre um grupo de pessoas que encabeçaram tudo isso, organizaram tudo isso: a administração do clube, presidida pelo excelente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro.

Me recordo que, quando o Luís Álvaro venceu a eleição do até então presidente Marcelo Teixeira, muitos trocedores ficaram aliviados pelo fato de que irá ocorrer, boa ou má, uma renovação após 10 anos de Teixeira no comando do Santos. E esta renovação está acontecendo de uma forma muito boa. No entanto, logo depois da vitória do Luís Álvaro, antes de absolutamente nada acontecer, a até então futura administração do agora presidente santista era uma incógnita, pelo fato dele ser um cartola novo, mas de uma boa experiência como torcedor santista. Ele havia sido conselheiro do próprio Santos por 17 anos e concorreu a uma eleição contra o mesmo Marcelo Teixera, em 2003, antes de triunfá-lo, em 2009.

Me surpreendi com tudo aquilo de bom e novo que o Luís Álvaro trouxe. Além de um técnico promissor de boa qualidade, também soube montar um bom setor administrativo, uma boa comissão técnica e um bom elenco.

Os “meninos da Vila” não começaram a ter estes bons rendimentos nas partidas da noite para o dia. Houve um preparo tanto da comissão técnica quanto da administração do clube em cima deles. Ou seja, esta nova equipe santista soube fazer acordar todo este futebol de Neymar, Ganso e cia.

Só espero que não tenhamos uma decepção com o Luís Álvaro, como tivemos, em partes, com o Belluzzo, presidente do Palmeiras.

Parabéns pelo seu trabalho, Luís Álvaro!

E VIVA OS “LUISES”! (risos)

Coluna do Luis Armando – Edição X

CAMPEÃO OU NÃO, ESTE SANTOS JÁ ESTÁ NA HISTÓRIA DO FUTEBOL

por: Luis Armando, do http://www.armandoajogada.com.br

O Santos é o time dos noticiários. Não é por nada, já que é o melhor time do Brasil e um dos melhores do Mundo.

No entanto, muitos se perguntam o que vai acontecer com o time e os jogadores se o clube não venha a ganhar nenhum título com este grupo. Primeiramente, eu acho isso quase impossível exatamente pelo recente e excelente rendimento da equipe nos últimos jogos, apesar de ter jogado mal no primeiro tempo do 1º jogo da final contra o Santos, o que acontece nas melhores famílias. Depois que, mesmo se não conquistar nada, essa equipe e esses jogadores já estão na história do futebol brasileiro como um exemplo de jogo para frente, drible sem firula e pragmatismo e mostrando um futebol show que é difícil de se ver hoje em dia. O título nada mais é que a consagração a tudo que aquele time fez na competição, ou não. É um título apenas, porque o futebol em si é o que também precisa ficar na memória das pessoas, além do título, é claro. Um exemplo deste bom futebol e não consagração é a Seleção Brasileira de 1982, que jogou um excelente futebol arte, tinha vários bons jogadores, mas acabou não sendo campeão da Copa do Mundo daquele ano.

Os jogadores – os jovens e os experientes – tem que estar cientes que, se o título não vier, eles jogaram demais neste Paulistão e não podem ficar com as cabeças baixas. É claro que o título é o objetivo, disso não tenhamos dúvida. Mas não dá para falarmos que, se o Santos não se consagrar campeão dos campeonatos que disputará neste ano, vai sair da memória das pessoas, sendo mais fracasso. Fracasso pelo fato de não terem erguido a taça, caso ela não venha, mas de maneira alguma pelo futebol apresentado. Separemos as coisas.

Coluna do Luis Armando – Edição IX

TÁ CHEGANDO A HORA…

por: Luis Armando, do http://www.armandoajogada.com.br

Rogério Ceni. Goleiro, artilheiro e capitão do São Paulo. Campeão da Libertadores, do Mundial, de três Brasileiros seguidos, dentre outros títulos, pelo Tricolor. Dos 23 anos de carreira (profissional e amador), 20 foram dedicados exclusivamente ao São Paulo. Bate bolas paradas, principalmente faltas, como pouquíssimos jogadores e como nenhum outro goleiro. É único. É um jogador que merece respeito pelo torcedor de qualquer time, principalmente dos são-paulinos. Ele erra? Erra, claro, como todo o humano.

Nesta temporada de 2010, o goleiro são-paulino tem falhado muito, como não costumava falhar há 5 anos atrás. Foi assim em, por exemplo, Corinthians 4 x 3 São Paulo e São Paulo 2 x 3 Santos. Este último jogo, uma falha que custou a vitória ao Tricolor. É normal o Rogério errar assim. O mais leigo sabe que, com o passar do tempo, as pessoas vão ficando piores para determinadas atividades. O futebol é uma delas. O reflexo piora, a rapidez, eficiência, paciência, enfim, com o passar dos anos as pessoas vão piorando em determinados aspectos. Com o jogador de futebol não é diferente. Com 37 anos, é natural que o Rogério não consiga pegar uma bola que, com 25, ele pegava. Por isso, é preciso analisarmos estes e outros aspectos antes de sair xingando o Rogério pra todo o lado.

Já são 37 anos de vida, 20 de São Paulo. O Rogério precisa reconhecer que a hora de parar tá chegando. Ele quer chegar a 100 gols e a 1000 jogos com a camisa Tricolor, eu sei, mas não dá pensar “só no próprio umbigo”. Precisa pensar no conjunto e na torcida. As falhas, apesar de serem normais pelas circunstâncias, pesam. E, só por causa disso, o São Paulo pode não ganhar títulos que quer. Ceni tem experiência, certamente sabe disso. Mas, como um são-paulino, sei que ele fica eufórico para atingir determinadas marcas. Não aguenta, por exemplo, ficar sem jogar, por isso entra em campo machucado, às vezes. Este exemplo prejudica o conjunto. Portanto, não dá para o Rogério ultrapassar o limite do próprio corpo e acabar deixando a equipe prejudicada.

Ceni é meu ídolo, sempre foi. Ídolo no esporte e fora dele, eu cresci – e ainda cresço – me impressionando com os feitos dele. Mas, tem defeitos, como qualquer outro. E, por isso, às vezes – quase sempre – é bom pensar duas vezes ou mais para decidir algo, viu Rogério?

Coluna do Luis Armando – Edição VIII

O MECÃO VOLTOU

por: Luis Armando

O América/RJ, tradicionalíssimo time do Rio de Janeiro e de São Paulo, depois de anos por baixo, fora dos noticiários e da mídia nacional, voltou. Digo isso porque após a excelente campanha do time no Campeonato Carioca da série B no ano passado, a equipe voltou à elite do futebol carioca sob desconfiança de novo rebaixamento, mas mostrou que está renascendo. Fez um primeiro turno regular, mas, em compensação, fez um excelente segundo turno, chegando a quase se classificar para às semis-finais da Taça Rio (segundo turno do Carioca) e, com isso, garantiu vaga na série D do Brasileirão, levando o time de volta ao cenário nacional. E, sinceramente, acho que o América tinha merecimento maior que o Vasco para ir às semis da Taça Rio.

Vou falar sincero mais uma vez: depois do rebaixamento do time para a série B do Carioca acreditava que o América iria parar de existir. Fez uma campanha espetacular na segundona do Carioca e isso me deixou fã desta equipe. Os dirigentes trabalharam duro e os times grandes do Rio também ajudaram, além de, é claro, os jogadores terem dando o sangue para que o Amerikinha voltasse aos seus tempos de glória. E está voltando.

A qualidade do elenco, com o tempo e a volta do time aos noticiários, vai melhorar cada vez mais. Os patrocínios e torcida também. Ou seja, com o tempo, o time vai reerguendo. Mas, por favor, vamos com calma. Se não for bem na série D deste ano, outras chegarão. Calma é tudo nestas horas.

Como amante do futebol, não quero ver time tradicionais e/ou grandes indo mal. Quando o América estava quase no lixo, eu fiquei triste, pois apesar de não ter visto os tempos áureos deste time (“nasci na hora errada”), sei de tudo que representa para o futebol carioca e, lógicamente, não quero ver o time indo mal.

Claro que os tempos são outros e vai ser difícil o América voltar a disputar títulos importantes, mas acredito – sim – que o time tijucano dispute até uma série A do Brasileirão outra vez. Eu estou apostando alto mesmo, mas acho, realmente, que o América possa a voltar em grande estilo ao cenário nacional.

Que fique bem claro que não estou puxando saco de ninguém. Além de eu não precisar disso (posso ter sucesso sozinho), fiz esta coluna dedicada ao América pure e simplesmente pelo fato de eu ser um amante do futebol e quero o Mecão de volta aos grandes tempos. E não só o América, como todos os outros times tradicionais que já tiveram sucesso um dia.

Coluna do Luis Armando – Edição VII

Por: Luis Armando
Direto da Redação
São Paulo/SP
 

 

O NOVO VELHO SANTOS

Esta coluna é em homenagem aos 60 anos do meu tio avô Fernando Figueiredo e, por isso, trata do Santos dele.

É um novo Santos, sim. Mas é velho. Novo na idade dos jogadores de frente. Velho em alguns outros jogadores e no futebol. A arte no futebol vem desde os tempos de Pelé e Garrincha.

O Santos de hoje “apenas” reedita este futebol-arte que já foi visto outrora, além do tempo de Pelé e Garrincha, Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, quando estava no Barcelona, praticava este futebol arte. O próprio Messi, atual melhor jogador do Mundo, está jogando este futebol-arte no mesmo Barcelona.

Uma das razões que o Santos está despertando tantas atenções do Brasil, é por causa do fato do futebol brasileiro estar carente deste futebol bonito. E o Santos atual vai além, descontrai, relaxa, descansa e traz um sangue de moleque, algo novo no futebol brasileiro. Meu tio, a quem é dedicada esta coluna, disse: “você demora muito tempo para chegar no estádio, pega fila para comprar ingresso, é a maior muvuca para entrar nas arquibancadas. Quando começa o jogo você quer relaxar, descontrair”. O time santista faz isso.

E não pense, meu caro leitor, que o Santos é um time só de moleque e que vai “amerelar” em momentos finais de campeonatos. O time faz uma mescla. Uma boa mescla. Tem Léo, Durval, Edu Dracena e Arouca de experientes no time titular. Por isso, não acho que vai bobear em momentos finais das competições. Claro que não vai dar goleadas e, muito menos, fazer 10 x 0 todo o dia. Mas vai vencer campeonatos. Isso vai